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maio 31, 2006

José Cid

Uma Biografia de José Cid
A primeira fase da carreira de José Cid é pioneira na busca de soluções musicais, em ruptura com as correntes estéticas dominantes.
Enquanto líder e inspirador musical do Quarteto 1111, José Cid prima pela originalidade dos seus arranjos, próximos do psicadelismo do movimento hippye, e pela ousadia social das letras das canções. A Lenda de El Rei D. Sebastião e Os Faunos são alguns dos temas que geram polémica a par de um êxito indiscutível.
Quando o grupo lançou A Lenda de Nambuangongo, a censura não lhe perdoou e Cid chegou a ser proibido de entrar em território angolano.
"Ao Norte de Angola
rajadas de vento
tingiram o céu
de sangue cinzento"
eram algumas das palavras proibidas.
O Quarteto 1111, permanecerá em actividade até 1973, com o número recorde de 28 canções censuradas pelo regime.
José Cid iniciara uma carreira a solo em 1969, com Lisboa Camarada, igualmente censurado, e, em 1971, com José Cid, onde, qual homem dos sete instrumentos, toca órgão, baixo, guitarras, piano e faz diferentes vozes.
Utiliza pela primeira vez sons electroacústicos. Com o enorme êxito do tema 20 Anos, gravado já com os Green Windows, Cid abandona a fase mais interventiva da sua obra e envereda pelos lados mais ligeiros da música.
A partir de então, sucedem-se as participações nos Festivais da Canção RTP. Na memória de todos ficam ainda canções como No Dia em que o Rei Fez Anos e A Rosa Que Eu Te Dei, entre dezenas de outros discos.
Marcos principais da carreira:
1956 Funda Os Babies, um grupo especializado em cantar covers de rock´n´roll.
1960 Com José Niza, Proença de Carvalho e Rui Ressureição funda o Conjunto do Orfeão.
1967 Nasce o Quarteto 1111 e, com ele, um tema para a história: A Lenda de El Rei D. Sebastião.
1968 Balada para D. Inês classifica-se em terceiro lugar no Festival RTP da Canção.
1969 O primeiro disco a solo, Lisboa Camarada, é proibido pela Censura.
1973 Grava 20 Anos, com os Green Windows, a sua nova formação.
1974 Leva ao Festival RTP A Rosa que Eu te Dei e No Dia em Que o Rei Fez Anos, duas canções que se vão tornar, de imediato, enormes êxitos.
1978 Edição de A Minha Música.
1980 Triunfa no Festival RTP com o tema Um Grande, Grande , Amor. Classifica-se em 7° lugar no Eurofestival, a melhor classificação portuguesa até à data.
1981 A canção Morrer de Amor por Ti classifica-se em 2° lugar no Festival RTP.
1983 Conhece, de novo, o êxito, com as canções Como o Macaco Gosta de Banana e O Rock dos Bons Velhos Tempos.
1994 Edita Vendedor de Sonhos.


De: http://www.cantodaterra.net


Outra Biografia
Nasceu na Chamusca a 4 de Fevereiro de 1942.
A fama chegou-lhe inicialmente através da sua participação como teclista e vocalista no Quarteto 1111, onde obteve grande êxito com a canção "A lenda de El-Rei D.Sebastião". Esta canção, inovadora para a época, apresentava sons diferentes daqueles a que o público estava habituado, com reflexos psicadélicos. Ainda com o quarteto, concorreu ao festival da canção de 1968, com "Balada para D.Inês".
Em 1973, a banda adopta o nome Green Windows, numa tentativa de internacionalização.
Uma das suas composições mais conhecidas, "Ontem, Hoje e Amanhã", recebe o prémio "outstanding composition" no Festival Yamaha de Tóquio, em 1975, certame a que tinha concorrido já em 1971 com "Ficou para Tia".
Em 1978 publica o álbum 10,000 anos depois entre Vénus e Marte, um marco na história do rock progressivo, que vem a obter mais tarde reconhecimento a nível internacional.
José Cid concorreu ao Festival da Canção de 1978 com três composições, alcançando o 2º lugar com "O meu piano". Em 1980, com a canção "Um grande, grande amor", vence este certame com 93 pontos.
No eurofestival da canção de 1980, José Cid conquista um honroso 7º lugar com 80 pontos entre 19 concorrentes.
É o autor de outros grandes êxitos, como "Olá vampiro bom", "A Rosa que te dei", "Como o macaco gosta de banana", "Mosca Superstar" ou "Cai neve em Nova York".
É monárquico e vive actualmente em
Anadia.
Em 2004, José Cid participou em anúncios de uma conhecida marca de chás gelados, nos quais se interpretou a si próprio, cantando e vindo do espaço, enquanto proferia a frase: "Olá malta! Tudo bem? Tá-se?"
Discos (selecção)
Com o Quarteto 1111
EP's
1967 - A Lenda de El-Rei D.Sebastião
1967 - Balada para D. Inês
1968 - Dona Victória
Singles
1968 - Meu Irmão
1969 - Nas Terras do Fim do Mundo
1969 - Génese / Monstros Sagrados
1970 - Todo o Mundo e Ninguém
1970 - Back to the Country
1971 - Ode to the Beatles
1972 - Sabor a Povo
LP's
1970 - Quarteto 1111
1973 - Bruma Azul do Desejado (com Frei Hermano da Câmara)
1974 - Onde, Quando, Como, Porquê, Cantamos Pessoas Vivas - Obra-Ensaio de José Cid
Com Green Windows
1974 - No dia em que o rei fez anos (LP DECCA slpdx 538)
A solo
EP's
1971 - Lisboa Perto e Longe
1971 - História Verdadeira de Natal
1972 - Camarada
1977 - Vida (Sons do Quotidiano)
LP's
1971 - José Cid
1978 - 10,000 Anos Depois Entre Venus e Marte
1980 - My Music
1991 - Camões, as Descobertas e Nós
2003 - Nasci p'ra música (Antologia)
Citações
Frases interessantes proferidas por José Cid.
"Se Elton John tivesse nascido na Chamusca, não teria tido tanto êxito como eu." in Pública, 2003
"Tentaram e conseguiram pôr-me na prateleira. Mas a verdade é que os outros artistas estão na prateleira e eu estou cá." in Pública, 2003
"A nova geração tem de descobrir qual é o seu dinossauro Todos os países têm o seu dinossauro. Os franceses têm o Johnny Halliday, os espanhóis o Miguel Rios. Ambos são uma porcaria ao pé de mim. Sou infinitamente melhor do que eles e tenho uma melhor estética." in Pública, 2003
"Usem e abusem de mim. Estou cá, canto e bem ao vivo. Façam de mim o que quiserem. Estou com uma grande voz." in Pública, 2003
"Adoro o «Cantor da TV», a canção menos comercial daquele álbum [Nasci prà música]. Dificilmente conseguiria escrever [outro] tema daquela maneira. É muito bem esgalhado e muito bem tocado." in Pública, 2003
"Essa canção [Como o macaco gosta de banana] foi um escândalo. As pessoas julgaram que era uma canção ordinária. (...) Divirto-me à brava quando a oiço, porque é uma canção que não se pode levar a sério. Tem um sentido de humor de abandalhar o sistema." in Pública, 2003
"Olá malta! Tudo bem? Tá-se?" in anúncio Lipton, 2004
"Dá-me favas com chouriço." in Cabaré da Coxa, 2004
"Se o Rui Veloso é o pai do rock português, eu sou a mãe." in Queima das Fitas do Porto, 2004
Retirado de: Wikipédia